Modelo alternativo de encarceramento focado na humanização e ressocialização das pessoas em cumprimento de pena foi inaugurado no último dia 31

O município de Betim inaugurou, em parceria com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o Centro de Reintegração Social da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) na quinta-feira, 31 de março.

A unidade já estava em funcionamento desde o início de dezembro do ano passado e tem capacidade para abrigar até 200 recuperandos, sendo 104 em regime fechado e 96 no regime semiaberto. O espaço conta com duas quadras poliesportivas, de 720 m² cada, sendo uma delas utilizada por internos do regime semiaberto e a outra por aqueles do regime fechado.

A Apac Betim tem um sistema inédito em Minas Gerais no quesito sustentabilidade, pois o centro de ressocialização utiliza energia solar e lâmpadas de LED. Padaria industrial, pomar e horta também estão previstos para a unidade.

Os resultados do sistema Apac demonstram um índice de reincidência muito baixo, além de custos mais baixos do que o sistema tradicional. “Em média, a não reincidência no crime das pessoas que cumprem pena no modelo Apac  pode chegar, em algumas unidades, a um índice de 85%. Isso prova que é um sistema muito mais eficiente do que o sistema prisional comum. Por isso é tão importante colocar essa Apac para funcionar”, aponta o prefeito de Betim, Vittorio Medioli.

Entusiasta do sistema Apac, Medioli ressalta a participação da gestão municipal para a construção da unidade na cidade. “Diante de um cenário de unidades prisionais superlotadas no município e em todo Estado, tivemos grande interesse no pleno funcionamento desta unidade. Doamos o terreno no Distrito Industrial do Bandeirinhas e fizemos a obra do prédio que tem 3.500 m² de área construída. Tudo isso para garantir uma forma mais humanizada de reinserção de quem está cumprindo pena em nossa cidade e melhor acolhimento aos familiares”, disse o prefeito.

 

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