Ex-secretário da Fazenda do município afirmou de forma informal a prefeitura que não assinou termo de confissão de dívida
Novo laudo identificou, no dia 12 de novembro, uma segunda assinatura falsificada no documento que da base a cobrança de R$ 480 milhões por parte da Andrade Gutierrez. O ex-secretário da Fazenda do município, Jose Dirceu da Silveira, afirmou de forma informal a prefeitura que não assinou termo de confissão de dívida.
O procurador-geral de Betim, Bruno Cypriano, solicitou uma nova análise grafotécnica para a empresa Anja Núcleo de Perícias que constatou que as rubricas nas quatro folhas não correspondem às dele na época. Antes da análise, Cypriano afirma que a assinatura já era suspeita pois no documento o ex-secretário é identificado com o sobrenome de Oliveira no lugar do verdadeiro, da Silveira.
O procurador considera que a grafia do nome do então prefeito, identificado com “w” no lugar de “v” em Osvaldo e “s” no lugar de “z” em Rezende, confirma a não participação direta dos autores do documento.
Antes dessa novidade, a prefeitura apresentou o primeiro laudo, que apontava para falsificação da assinatura do ex-prefeito, Osvaldo Franco, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal, no dia 8 de novembro. Juntamente, ele entregou o relatório feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou “potenciais irregularidades” no contrato firmado entre o município e a construtora.
No dia 18 de novembro está marcada uma audiência de conciliação entre a prefeitura de Betim e a Andrade Gutierrez, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em Belo Horizonte. O executivo municipal, no entanto, informa que “buscará a anulação total da dívida, e não somente a suspensão, além de tomar todas as medidas necessárias para sanar os danos causados até o momento, sejam eles financeiros ou morais”.