Obra a ser feita pela Copasa irá assegurar o fornecimento de água para a Região Metropolitana de Belo Horizonte
A construção do sistema de captação de água em um novo ponto do Rio Paraopeba foi autorizada pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) nesta quinta-feira (5). De acordo com informações divulgadas pelo órgão, a Copasa irá captar 5 mil litros por segundo, 2,3 km acima de onde o rio foi atingido pelos rejeitos de mineração da barragem da Vale rompida em janeiro, em Brumadinho.
A nova estrutura vai substituir a captação paralisada, que foi comprometida pelo rompimento, promovendo assim o resgate do cenário de captação anterior ao desastre. Os custos das obras da infraestrutura necessária para a implantação serão de responsabilidade da mineradora Vale, como uma das medidas compensatórias ao desastre.
O sistema será composto por 13,4 quilômetros de redes adutoras com 1.500 milímetros de diâmetro e seis conjuntos motobombas, com vazão de mil litros por segundo e potência de 2.750 cavalos (CV), para bombear a água até a Estação de Tratamento de Água (ETA) Rio Manso. Com início programado para este mês de setembro, as obras têm previsão de serem concluídas em até 12 meses.
“No âmbito do Sisema, o Igam e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) estão trabalhando prioritariamente para apoiar todas as ações que possam fortalecer a segurança hídrica da Região Metropolitana de Belo Horizonte”, informou o Igam, por meio de nota.
De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, este é um importante passo para atendimento à demanda do abastecimento público. “Trata-se de um passo concreto para garantia da segurança hídrica da região metropolitana, que é beneficiada por essa captação. É importante ressaltar que este ponto está em um trecho do Rio Paraopeba que não foi impactado pelo rompimento e que não tem nenhuma associação com rejeito”, afirma Germano.
O diretor de Operação Metropolitana da Copasa, Guilherme Frasson, afirma que, a partir da publicação da outorga, as obras de implantação da nova captação poderão ser iniciadas. “Esse é um passo fundamental para assegurar que o abastecimento na RMBH volte à sua normalidade”, comentou.
Com informações do Igam.