Valor seria para pagar suposta dívida a construtora Andrade Gutierrez
Representantes de 35 instituições públicas, privadas, ONGs, sindicatos e membros da sociedade civil se reuniram, na manhã desta segunda-feira (28), no Centro de Betim, para protestar contra a corrupção e contra a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) de bloquear R$ 47 milhões dos cofres municipais.
O valor será direcionado para pagar uma suposta dívida a Andrade Gutierrez, cobrança que a prefeitura alega ser fraudulenta, já que a quantia já foi quitada na década de 1980. O bloqueio está previsto para ocorrer no dia 5 de novembro, o que levou o executivo municipal a decretar calamidade financeira.
“Esse dinheiro saindo dos cofres públicos vai inviabilizar uma série de serviços públicos e isso prejudica toda a população. Nós absorvemos essa responsabilidade e estamos lutando contra essa cobrança fraudulenta”, afirmou o presidente do Sindicato dos Comerciários de Betim e Região, Thiago Henrique de Jesus, uma das entidades participantes do protesto.
Os manifestantes se reuniram na praça próximo ao Senai, embaixo do viaduto Jacintão. O local é simbólico, já que a dívida cobrada pela empreiteira é referente a construção do elevado no início da década de 1980. Porém, segundo a prefeitura, auditorias mostram fraude na execução da cobrança.
De lá, ele seguiram em passeata pela avenida Amazonas, com encerramento no Centro Administrativo. Permissionários do transporte alternativo também suspenderam as atividades na manhã desta segunda, em coro à manifestação. De acordo com Thiago, o ato reuniu cerca de 10 mil pessoas (veja imagens abaixo).
Novo protesto
Nesta terça-feira (29) outro ato está marcado para acontecer, desta vez na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. No local, às 10h, a Comissão de Participação Popular vai debater a situação de calamidade pública, financeira e orçamentária do município de Betim.
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