Suspeito tem esquizofrenia e dizia que tinha ordens para matar uma criança
Uma menina de apenas 5 anos foi assassinada a facadas por um homem de 25 anos, próximo a escola em que estudava, em Betim, na manhã desta quarta-feira (30). De acordo com informações da Polícia Militar, ele tem esquizofrenia e cometeu o crime em um surto. Ele dizia que “tinha ordens do patrão para matar uma criança”. A tragédia aconteceu na rua Perdões, no bairro Vila Cristina.
A cuidadora da menina contou que levava a criança e o irmão dela para a escola quando a garota caiu. “Perguntei: por que você caiu? Ela só disse “ai, tia” e o irmão dela começou a gritar e chorar. Quando olhei para trás, vi um homem com aquelas facas brancas tipo de açougue. Comecei a rolar com ela no chão, mas ele continuava acertando ela. Consegui levantar e corri com ela no colo. Ele atravessava na minha frente pra acerta-la. Ele só queria ela”, conta. Segundo a jovem, o homem não falava nada, apenas dava risadas enquanto esfaqueava a criança.
A mulher contou que chegou a pedir ajuda a pessoas que estavam em um bar próximo, mas não obteve êxito. As duas foram socorridas por professoras do colégio Neuza Dutra, que acionaram a Polícia Militar e ambulância. Porém, a menina não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O irmão da garota conseguiu se esconder e não foi ferido.
O autor do crime foi linchado e chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Teresópolis, onde seguia sob custódia policial. O crime será investigado pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Betim.
Segundo a Polícia Militar, a família dele apresentou laudos e disse que ele esteve em uma consulta com psiquiatra nesta terça-feira para aumentar a dose da medicação.
“Ele foi com a mãe ao psiquiatra porque o remédio não estava fazendo efeito. O médico passou a medicação de 10 para 20 gotas, mas ele não chegou a tomar a nova dose. Ao voltar para casa, ele teve um novo surto. Colocou um funk e ficava dando gargalhadas. Subia nos muros, dizia que o ‘patrão’ tinha mandado ele matar uma criança”, explicou o major Paulo Roberto.
O município de Betim decretou luto oficial de três dias e suspendeu as aulas no Centro Infantil Municipal onde a menina estudava até segunda-feira (3/11).
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