Outras 139 pessoas permanecem desaparecidas. Vale começa a evacuar comunidades em Nova Lima e Ouro Preto devido ao processo de desativação de barragens

O número de mortos pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro, chegou a 171 nesta quarta-feira (20). De acordo com levantamento da Defesa Civil estadual, permanecem desaparecidas 139 pessoas.

As buscas seguem sendo feitas pelo Corpo de Bombeiros em dez áreas onde a lama se espalhou. Hoje eles atuam com um efetivo de 121 militares que contam com o auxílio de 52 máquinas e equipamentos, quatro aeronaves e quatro cães farejadores.

A barragem da mina Córrego do Feijão se rompeu no horário do almoço, derramando cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos. O material atingiu a área administrativa da empresa, comunidades próximas, uma pousada e o Rio Paraopeba.

Evacuação por segurança

O desastre em Brumadinho, que aconteceu apenas três anos após o de Mariana, quando a barragem da Samarco se rompeu ocasionando em 19 mortes e graves prejuízos ambientais, levantou o alerta de autoridades e empresas.

Nas últimas semanas, Minas Gerais teve comunidades evacuadas em cinco locais por problemas ou outras questões relacionados a barragens. Nesta quarta-feira (20), a Vale informou que irá remover 125 pessoas localizadas na Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens Vargem Grande, do Complexo Vargem Grande, em Nova Lima; e Forquilha I, II e III e Grupo, na Mina Fábrica, em Ouro Preto.

Segundo a Vale, a medida é preventiva para garantir a segurança de todos enquanto são realizadas as primeiras atividades de descaracterização das barragens a montante, visando à aceleração dos projetos.

No último sábado (16), 110 pessoas foram evacuadas em São Sebastião das Águas Claras, distrito de Nova Lima também conhecido como Macacos. A medida foi só pra as casas que se encontram na mancha de inundação, caso o rompimento ocorra. De acordo com informações do Governo de Minas, a barragem B3 e B4, da Vale, teve o fator de segurança alterado pela empresa contratada para realizar o projeto de descomissionamento da estrutura.

Já no dia 8 de fevereiro, a ArcelorMittal solicitou a evacuação de 200 pessoas em Itatiaiuçu (MG), por risco de rompimento da barragem de rejeitos de Serra Azul. Na madrugada do mesmo dia, cerca de 500 moradores de Barão de Cocais acordaram com sirenes alertando para que eles saíssem imediatamente de casa, devido ao risco de colapso da barragem Sul da mina de Gongo Seco, da Vale.

 

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