Regional Petrovale é a região que apresenta o maior índice de infestação predial

Os moradores de Betim, diante dos últimos números apresentados pela prefeitura em relação à dengue, necessitam de intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor também das doenças zika, chikungunya e febre amarela urbana.

O Levantamento Rápido de ìndices para Aedes aegypti (LIRAa), disponibilizado pela Prefeitura de Betim na primeira semana de fevereiro, demonstra que a média de Infestação Predial (IIP%) do município registrou 4,9%, ou seja, a cada 1.000 imóveis, 49 tinham larvas do mosquito.

Já a média de positividade dos criadouros – Índice de Breteau (IB) – foi de 5,7%. Ou seja, a cada 1.000 depósitos de água investigados, em 57 foram encontradas larvas do Aedes aegypti. O estudo foi realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, entre os dias 4 e 23 de janeiro.

A regional Petrovale, que abrange os bairros Jardim Nazareno e Petrovale, é a que apresenta o maior índice IIP, 11,4%. O local que registrou o menor índice foi o PTB II, que abrange os bairros Campos Elíseos, Cruzeiro (PTB), Vila Kennedy e Vila Verde, com IIP de 1,6%.

Com esse resultado, a pesquisa constatou também que os tipos de reservatórios em que mais foram encontrados larvas, com 30,2%, são os pratos e vasos de plantas, recipientes de degelo de geladeiras, fontes ornamentais, bebedouros de animais e pequenos reservatórios.

Em lixo seco, recipientes de plástico, entulhos de construção e sucatas em ferros velhos, 29,3%. Nos depósitos de água para consumo doméstico ao nível do solo, como barril, filtros, moringas, tambor e cisterna, 15,5%.

Diante desses dados, o diretor de Vigilância em Saúde, Nilvan Baeta, alerta que “o levantamento identifica claramente que a maioria dos focos do mosquito são encontrados, principalmente, nas residências”.

Para a conclusão desse levantamento, os agentes do Centro de Controle de Zoonoses e Endemias (CCZE) inspecionaram 8.076 imóveis em todos os bairros, agrupados em 20 estratos. Destes, 9 apresentaram situação de alerta e 11 estavam em situação de risco. De acordo com o texto, nenhuma área apresentou condições satisfatórias.

Apesar de um número elevado de visitas, a prefeitura esclarece que para conclusão dos trabalhos uma das maiores dificuldades encontradas pelos CCZEs é a receptividade dos proprietários dos imóveis, pois em muitas abordagens impedem a visita. E com a pandemia da Covid-19 essa dificuldade se agravou ainda mais.

Estudo

A função do LIRAa é auxiliar no plano de ações do Comitê Intersetorial de Enfrentamento à dengue. Dessa forma, nas áreas com maior índice de infestação os trabalhos para eliminação de focos do mosquito serão intensificados. As visitas com os agentes de combates a endemias (ACEs) também continuam.

A prefeitura ainda informa que estão ocorrendo mutirões de limpeza e campanhas com distribuição de material educativo e postagem em redes sociais sobre as intervenções.

Em 1º de fevereiro, a Regional Petrovale, que demonstrou maior índice de infestação, foi o primeiro local a receber a ação nos bairros. No dia 9, foi a vez do bairro São João, da regional do PTB.

Os próximos mutirões estão programados para o dia 23 deste mês, no Jardim Petrópolis, com concentração na Praça Imperial, às 8h. E no dia 9 de março, no bairro Bandeirinhas, na Escola Municipal José Salustiano Lara, às 8h.

Em 2020, foram registradas 1.612 notificações de dengue e 303 casos confirmados da doença. Nas primeiras semanas de 2021, de 1º a 28 de janeiro, foram notificados 49 casos e confirmados 7 casos de dengue.

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