Nessa etapa 240 amostras de residentes da cidade que testaram positivo para Covid-19 serão avaliadas

No próximo mês a pesquisa científica “Soroprevalência para SARS-CoV-2” iniciará a quarta etapa em Betim. O estudo tem a intenção de avaliar o processo de entrada e também o de dispersão do coronavírus em Betim, revelou a coordenadora da pesquisa Ana Valesca Fernandes.

O trabalho, que teve início em 2020, é dirigido pela prefeitura em parceria com o Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nessa nova etapa, 240 amostras coletadas de residentes da cidade que testaram positivo para Covid-19 e que foram atendidas pelo SUS serão avaliadas. No fim de maio as análises devem ser concluídas.

Valesca explica que, até 9 de março, 6.480 testes foram realizados em 3.240 moradores do município. Durante as ações, são usados o teste rápido, para avaliar se a pessoa já foi infectada, e o swab TR-qPCR – conhecido também como o teste do cotonete, que demonstra se a pessoa estava com Covid-19 no momento em que o teste foi realizado.

“Os resultados mostram o início da circulação do vírus no município, a extensão da doença na população; os sintomas mais comuns; os grupos de risco da forma grave da doença e as características da população afetada. Depois de identificarmos que o vírus já estava disseminado em todo o município, foi iniciado o sequenciamento viral para descrever as linhagens que circulavam aqui”, comenta Ana Valesca.

Os coordenadores do processo de sequenciamento genético da pesquisa, Renan Pedra de Souza e Renato Santana de Aguiar, destacaram que 35 amostras coletadas entre junho e julho de 2020 já foram analisadas. Sendo assim, foram divididas e identificadas em duas linhagens, a 18 é da B.1.1.28; e 17 da B.1.1.33.

Souza ressaltou que por meio de outro estudo em andamento na UFMG identificou, também, a circulação da variante P.2 (B.1.1.28.2) em Betim a partir de uma amostra coletada na cidade. “A P.2 é uma linhagem descrita em dezembro de 2020 no Rio de Janeiro, com datação de julho do mesmo ano por membros da Rede Corona-ÔmicaBR- -MCTI”, informa.

Nesse contexto, a próxima etapa da pesquisa será descrever a circulação de novas variantes como a de Manaus e a do Rio de Janeiro.

Para o secretário adjunto de Saúde, Augusto Viana, a realização desse trabalho tem sido um dos diferenciais da prefeitura diante desse fenômeno epidemiológico. “Ainda em maio de 2020, iniciamos esse estudo inédito em sua modalidade, que tem sido fundamental para orientar as ações de enfrentamento à Covid-19 e nos permitir salvar vidas”, destaca.

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