A medida visa evitar a ameaça de inundação às residências às margens do Rio Betim
As chuvas dos últimos dias têm feito muitas famílias mineiras modificarem a rotina. Em meio ao medo de perder a vida, no deslizar de um barranco de terra, há também o receio de evadir o imóvel e deixar para trás bens materiais.
Em Betim, além das pessoas que tiveram que abandonar moradias localizadas em áreas de risco de deslizamento de terra, sendo acolhidos por familiares ou por aluguel social promovido pela prefeitura, nesta quinta-feira (6), de acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), em caráter de urgência, 51 famílias, que vivem às margens do Rio Betim, devem deixar suas casas. Em seguida, essas pessoas serão hospedadas em hotéis no Centro da cidade.
A ação faz parte do Plano de Enfrentamento da Situação de Emergência da lagoa Várzea das Flores, cobrado à Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) judicialmente pela Prefeitura de Betim, em janeiro, acatado pelo Juiz Henrique Mendonça Schvartzman – Comarca Betim.
A medida visa evitar o risco de inundação das residências às margens do Rio Betim. Na hipótese da Várzea das Flores transbordar por conta de derramamento de água elevado do vertedouro, diversas pessoas poderiam ser prejudicadas fatalmente. Apesar da tentativa da empresa em recorrer da decisão ao Tribunal Judicial de Minas Gerais (TJMG), o desembargador Dárcio Lopardi Mendes ratificou a sentença do juiz de Betim.
“A Prefeitura de Betim desempenhou o papel de comunicar e alertar os moradores da área de risco às margens do Rio Betim acerca do perigo que correm, conforme indicado no projeto da Copasa. Nossa prioridade é preservar vidas e garantir a segurança de cada uma dessas pessoas”, destacou o secretário de Meio Ambiente, Ednard Tolomeu.
FAMÍLIAS EM SEGURANÇA
Nessa quarta-feira (5), a Copasa divulgou em nota que apresentou para a Prefeitura de Betim, a relação de residências que estão correndo risco de serem atingido pela elevação do Rio Betim. Todos as casas presentes no documento estão às margens do rio.
“São cerca de 55 imóveis. Desses, 30 já foram identificadas e os moradores cadastrados. Quinze imóveis encontravam-se vazios, mas a Copasa, continua os trabalhos de comunicação e de sensibilização para cadastramento dos demais moradores. A companhia também disponibilizou ao município 186 acomodações em hotel situado no Centro da cidade de Betim para acolhimento dos moradores, bem como duas empresas de transporte e guarda dos bens móveis de propriedade dessas pessoas que serão removidas. Desta forma, o município já pode dar início, de imediato, ao processo de remoção das pessoas e guarda dos seus bens”, esclarece a empresa.
A companhia elucida que apesar das fortes tempestades ocorridas recentemente, que acarretaram inundações, a represa Várzea das Flores, não despejou nenhuma gota de água, sendo assim não provocou elevação do volume no Rio Betim.
“Na primeira chuva (24/01), a represa estava com menos de 95% da sua capacidade. Já na segunda (28/01), a represa estava com 99%, em razão da retirada da água com bombas, em dias anteriores. O que tem sido feito de forma segura e monitorada, não provocando elevação de nível fluvial que pudesse gerar inundação”, finaliza.
A empresa ainda reforça a afirmativa, a fim de evitar a disseminação de fake news, de que a represa opera de forma segura e estável.