Proposta é conscientizar sobre os perigos desse tipo de linha, que pode causar acidentes graves. Até o fim de agosto, corporação também irá realizar patrulhamentos pela cidade para recolher linhas cortantes
Os meses de julho e agosto são propícios para a criançada soltar pipas no céu. A brincadeira é saudável, mas deixa de ter graça quando se usa linha chilena ou com cerol. Esses materiais podem virar armas e, num acidente, até provocar a morte da vítima.
Para conscientizar a importância de não usar esse tipo de linha, a Guarda Municipal de Betim irá fazer ações e blitzen educativas até o fim de agosto. A primeira foi realizada na última quinta-feira (18), na avenida Juiz Marco Túlio Isaac, próximo ao shopping Monte Carmo. Segundo o comandante da Guarda Municipal de Betim, Anderson Reis, o objetivo é conscientizar a população sobre essa prática perigosa e ilegal de soltar papagaios e evitar acidentes, que podem ser fatais.
Ele destaca que o cerol e a linha chilena são grandes causadores de acidentes envolvendo motociclistas, que são surpreendidos por esse tipo de material quando estão trafegando em via pública. Por isso, além de panfletos informativos, durante as abordagens serão distribuídas antenas corta-pipa. A ação tem o apoio da By Motos, responsável pela instalação gratuita desses equipamentos nas motocicletas.
A próxima blitz será na quarta-feira (24). Além disso, a corporação irá fazer patrulhamento nos principais corredores de trânsito da cidade para recolher e apreender linhas cortantes.
“Devemos permanecer atentos quanto às necessidades de fiscalização voltadas ao combate de atos considerados violentos. Serão priorizadas as operações itinerantes para coibir a prática do uso de cerol e da linha chilena. A nossa intenção é que a população seja conscientizada e alertada, especialmente os motociclistas”, afirmou Anderson Reis.
A Lei Municipal nº 6.252, de 2017, proíbe a utilização de linhas cortantes “produzidas por qualquer tipo de produto” nos espaços públicos e privados de Betim. A proibição estende-se também para momentos de recreação, campeonatos ou lazer. São considerados espaços públicos praças, jardins, ruas, calçadas, avenidas, alamedas, vielas, becos, parques, cemitérios e campos de futebol.
Riscos à vida
De acordo com a Cemig, a maioria dos casos de acidentes acontece quando o papagaio fica preso na rede elétrica e as crianças tentam retirá-lo utilizando materiais condutores, como pedaços de madeira ou barras metálicas. “Sabemos que o contato com a rede elétrica pode ser fatal, além do risco de queda em função da reação involuntária causada pelo choque elétrico. Nesses casos, as consequências mais comuns são traumatismos devido às quedas e queimaduras graves por causa dos choques”, alerta o comandante da GM.
O uso do cerol é um dos principais motivos dos desligamentos, causando o rompimento dos cabos de energia quando entra em contato com a rede elétrica. Além disso, muitos curtos circuitos são provocados pela tentativa de retirada de papagaios presos aos cabos.