Apae Betim comemora 30 anos com novo espaço

Empresário Renato Loff e a Conselheira da Apae, Patrícia Gil, no momento da inauguração das novas instalações. Foto: Fábio Alves/ Apae.

Com duas unidades na cidade, a associação oferece tratamento clínico e social, além de aulas para jovens e adultos

“Eu acredito que a pessoa com deficiência merece o melhor, e uma das nossas missões é justamente lutar pela garantia de direito de atendimento de qualidade a essas pessoas”, comentou a conselheira da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae Betim), Patrícia Gil, a respeito da comemoração das 3 décadas da associação na cidade.

Fundada em Betim em 1991, a Apae Betim está festejando 30 anos da primeira sede no município, que, atualmente, possui duas unidades na cidade, uma clínica de atendimento especializado para Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla (PcDIM), no bairro Horto, e uma unidade escolar no bairro São João, para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) com deficiências.

E, para agregar à festa, a sede que realiza atendimentos nas áreas da saúde e assistência social reinaugurou, em 4 de agosto, um espaço que estava em reforma ao lado de pais, alunos, empresários, doadores, funcionários e do presidente da Federação das Apaes do Estado de Minas Gerais, Jarbas Feldner.

Presidente da Federação Mineira das APAEs de Minas Gerais, Jarbas Feldner e a Presidente da APAE Betim, Maria Lúcia. Foto: Fábio Alves/ Apae.

O evento também contou com a presença do empresário e fisioterapeuta, Renato Guimarães Loffi, proprietário da empresa Treine Biotecnologia. E com a participação on-line do superintendente voluntário da Federação, Dr. Eduardo Barbosa.

Com 26 anos trabalhando na Apae, 22 como professora e os últimos na administração, Patrícia Gil diz que a paixão pelo projeto ocorreu após uma excursão escolar na instituição do São João, com apenas 17 anos. Um ano depois, voltou ao local e pediu um emprego.

“Voltei na escola (da Apae) com 18 anos, foi meu primeiro emprego, estou aqui até hoje, 26 anos depois com o mesmo brilho no olhar”, disse Patrícia, que também é assistente social.

E agora, devido a uma parceria com o Minas Cap e com empresários locais, a unidade passou por reformas importantes e está com aparelhos mais modernos e novas atividades que podem elevar o nível do acolhimento.

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Instalações que contribuem com o método MIG. Foto: Fábio Alves/ Apae.

Entre as possibilidades de tratamento, a Apae Betim oferece o Método de Integração Global (MIG), direcionada especialmente para crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse método necessita de especialistas, como fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, educador físico, psicólogo, psicopedagogo, neuropsicopedagogo, musicoterapeuta, nutricionista e um médico. Todos disponíveis na Apae.

O modelo ainda envolve um exoesqueleto, salas de controle estimulatório, de instabilidade controlada de fixação e um ginásio de integração global e regras sociais. Junto com um aplicativo que integra a família e o grupo terapêutico chamado Treini+. Nesse contexto, o Dr. Renato Guimarães Loffi idealizou a metodologia que na Apae é empregada de duas maneiras: a metodologia Treini 0.7 ou Treini Babi; e a Treini 7.

A primeira trata-se de avaliações e acompanhamento de bebês que apresentam características atípicas de desenvolvimento neuropsicomotor, assim que completarem 96 horas de vida e intervenção terapêutica após 4 meses de vida até 2 anos.

Trajes de exoesqueleto utilizados na metodologia Treini. Foto: Fábio Alves/ Apae.

Como destaque, na Treini Baby é muito importante que a família esteja envolvida na estimulação precoce. A veste utilizada nessa terapia é a Treini Flex Baby, um exoesqueleto, que proporciona estabilidade postural e favorece a mobilidade do corpo.

Treini 7

Indicado para pessoas com idade entre 25 meses de vida até 18 anos, o Treini 7 é para aqueles com diagnósticos de disfunções neurológicas que causam déficit na manutenção de posturas adequadas e movimento eficazes, como encefalopatia crônica não progressiva, mielomeningocele, ataxia, síndrome de down, etc.

Entre os benefícios, estão a neuroplasticidade, aprendizado de habilidade motoras, enriquecimento ambiental, repetição estruturação, intensidade, específica e treinamento funcional. Nesse caso, o exoesqueleto flexível se chama o Treini Flex.

Por que ajudar?

Todos esses atendimentos fornecidos pela Apae são gratuitos para as famílias. Há apenas um carnê mensal de contribuição para aqueles pais que podem contribuir. Mas grande parte do incentivo financeiro do local vem de doações, tanto de empresários quanto de pessoas físicas.

“Eu penso que a responsabilidade social para um mundo melhor é da sociedade. E a Apae contribui com a parcela da pessoa com deficiência intelectual”, desabafa Patrícia.

E toda essa organização fez com que o trabalho do instituto não fosse suspenso nem durante a pandemia. “Quando a pandemia veio, nos reunimos para decidir o que seria feito a partir dali, diante dos decretos de suspensão de funcionamento. Mas nós mantivemos e com muito esforço voltamos em 2 de abril de 2020 com a clínica, que mesmo não podendo receber as famílias, não deixou de atendê-las por meio de WhatsApp”, afirmou a assistente social. Na sede escolar, respeitando o decreto municipal, não havia aulas, mas as atividades eram entregues na casa dos estudantes, garantiu Patrícia.

Faça sua doação

Equipe da Central de Doações da APAE. Foto: Fábio Alves/ Apae.

Segundo a administradora, quem está apadrinhando a Apae está transformando vidas. Por isso, se você deseja ajudar a instituição, que realiza cerca de 500 atendimentos clínicos e sociais por mês e fornece aulas para poucos mais de 80 alunos do EJA, pode estar contribuindo das seguintes formas.

Pelo Pix da Apae (CNPJ): 22733919000127; Pelo Whats Zap da Central de Doações: (31) 9 7186-6899, onde uma equipe está disponível para atendimento; por meio da conta de água da Copasa; além de ser possível agendar um horário para que um mensageiro da Apae busque a doação em domicílio. Outro número para contato e doações é o (31) 3511-6024.

Escola Apae

Após passar por uma intensa revitalização, através de parceria com Minas Cap, a Escola Especial Anastácio Franco do Amaral, no São João, está pronta para receber alunos de maneira presencial a partir desta segunda-feira (16).

O local está com nova pintura, novas portas e também recebeu pequenos reparos. Agora, mais que atividades enviadas às casas dos alunos, os estudantes poderão ter aulas presenciais em um local mais confortável e renovado.