Segundo estudo do Ministério de Minas e Energia, medida não provocava economia significativa de economia
Se tem algo que o brasileiro ou ama ou odeia é o Horário de Verão, quando os relógios são adiantados em uma hora. Porém, para este ano a medida foi cancelada. A informação foi confirmada pelo presidente, Jair Bolsonaro, com base em um estudo desenvolvido pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
“Ele (ministro) trouxe um parecer 100% favorável ao fim do horário de verão. No parecer dele, (o horário de verão) não causa economia (de energia) para nós e mexe no teu relógio biológico, então atrapalha a economia, em parte. E só temos o que ganhar, no meu entender, mantendo o horário como está”, disse Bolsonaro, logo após participar da inauguração do espaço de atendimento da Ouvidoria da Presidência da República, no Palácio do Planalto.
Historicamente, o Horário de Verão existe para aproveitar mais tempo da luz natural e, como consequência, reduzir o consumo de energia elétrica no início da noite. No Brasil, era esse o período que se registrava maior pico de consumo.
Porém, conforme o MME, nos últimos anos o brasileiro passou a consumir mais energia no período da tarde, quando o Horário de Verão não tem influência. Devido a essas mudanças, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) solicitou novos estudos sobre os impactos do adiantamento em uma hora no período sobre o sistema elétrico nacional.
“Esses estudos indicaram que o Horário de Verão deixou de produzir os resultados para os quais essa política pública foi formulada, perdendo sua razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico”, informou o MME, por meio de nota.
Normalmente, o horário de verão ocorre entre outubro e fevereiro, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora, e vigora nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.