Novidades envolvem nomes como Robert Irwin, Claudia Andujar e uma seleção de artistas contemporâneos brasileiros
A partir do dia 9 de novembro o Inhotim passa a contar com novas obras em exposição. Estão entre as novidades: a maior obra já construída de Robert Irwin, localizada em uma nova área aberta à visitação; a exposição “Visão Geral”, com
artistas contemporâneos brasileiros na Galeria Mata; uma instalação de Gisela Motta, Leandro Lima e Claudia Andujar; e um novo jardim poético, o maior do Inhotim.
Em concreto, aço inox e vidro artesanal, a nova obra permanente de Robert Irwin tem 6,3 metros de altura por 14,6 metros de diâmetro. Ficará no ponto mais alto do terreno da instituição, próximo ao Beam Drop, de Chris Burden, em uma área que até então não era acessível aos visitantes – um bônus é a vista para a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). O conceito traz mais uma experiência multissensorial no Inhotim, uma vez que o público pode, literalmente, imergir na obra do artista.
“A obra é sobre a experiência. É um ambiente, um trabalho que explora percepções, mas também tem uma materialidade substancial. É uma escultura mais material do que a maior parte dos trabalhos que Irwin já fez”, ressalta o curador e diretor artístico do Inhotim, Allan Schwartzman.
Na Galeria Mata, uma das quatro temporárias do Inhotim, estreia a exposição coletiva de artistas brasileiros, “Visão Geral”. A proposta é expor e provocar o debate de questões da escultura contemporânea, como abstração, tridimensionalidade e ressignificação de objetos do cotidiano. Entre as obras, estão Mix (Boom), de Alexandre da Cunha; Barril de petróleo; de Iran do Espírito Santo; e Seção diagonal, de Marcius Galan.
Outra novidade é a instalação Yano-a, de Gisela Motta, Leandro Lima e Claudia Andujar, que ficará na galeria da artista no Instituto. O trabalho foi desenvolvido a partir da apropriação de uma fotografia em preto e branco de uma maloca Yanomâmi incendiada, feita em 1976 por Claudia.
“Em Yano-a, os artistas partem da fotografia para reativar a imagem, e o fazem por meio de um maquinário com projeções, filtro, ventilador e água. O resultado é uma projeção onde a maloca indígena parece estar sempre em chamas devido à trepidação da água, atualizando e reforçando as questões urgentes apontadas por Claudia nos anos 70”, descreve o curador associado do Inhotim, Douglas de Freitas.
Reabertura
Três obras serão reabertas ao público, após um processo de restauro. Está de volta ‘De lama lâmina’, de Matthew Barney. Após dez anos de exibição, a obra foi restaurada pela equipe técnica do Inhotim, com acompanhamento da equipe do artista, que realizou diversas visitas ao Instituto.
Também serão reabertas a Galeria True Rouge, de Tunga, e a obra ‘Narcissus Garden Inhotim’, de Yayoi Kusama.
Flora
Reconhecido como Jardim Botânico há quase dez anos, o Inhotim inaugura seu novo jardim poético, o Sombra e Água Fresca. Com 32 mil metros quadrados, esse é o maior jardim do Instituto, uma criação do paisagista Pedro Nehring para proporcionar aos visitantes uma experiência contemplativa e multissensorial.
Localizado em uma antiga área de pastagem, que foi modificada, o espaço abriga aproximadamente 700 espécies, com plantas nativas e exóticas, a maioria muito presente em nossa história e cultura, como o pau-brasil, o guanandi e a pitangueira.
Todas as novidades serão reabertas ao público no dia 9 de novembro, a partir das 9h30, com visitas mediadas especiais e uma palestra-concerto do músico e escritor José Miguel Wisnik, com o compositor e cantor mineiro Kristoff Silva. A apresentação será às 15h, próximo à Galeria Mata.