Contenções de encosta e projeto habitacional para as famílias atingidas são algumas das iniciativas
Há 11 meses, Betim sofreu com as fortes chuvas que assolaram o estado de MG. Só em janeiro deste ano, seis pessoas perderam a vida na cidade por conta do desabamento de terra. Além disso, as tempestades provocaram estragos em casas e ruas, e também transbordamento em córregos.
Como medida preventiva, diante da época chuvosa que indica surgir nos próximos dias, a prefeitura está construindo contenções de encosta e oficializou num projeto de lei um programa habitacional para vítimas de fenômenos meteorológicos ou para moradores de lugares de risco.
Por meio da empresa Ecos, a administração municipal afirmou que está executando obras de 23 intervenções, das quais três já foram concluídas, 11 estão em andamento e outras nove serão iniciadas em 2021. “Os trabalhos englobam a instalação de cortinas atirantadas, solo grampeado, muros de contenção de concreto e soluções em gabião. No total, 20 bairros serão contemplados”, disse a prefeitura, em nota.
O superintendente de Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Walfrido de Assis Lopes, ressaltou que além das obras, o órgão também vem realizando visitas às comunidades com moradores em áreas de riscos. “Paralelamente às obras, a Defesa Civil vem fazendo visitas às comunidades, ministrando palestras informativas e de formação dos núcleos de proteção da Defesa Civil. Esses núcleos são formados por voluntários da própria comunidade que podem identificar algum ponto de risco que, por acaso, o poder público não tenha conhecimento. Essa identificação é repassada a Defesa Civil que comparecerá imediatamente ao local e adotará as providências necessárias”, explica Walfrido.
Programa habitacional
No dia 16 de novembro, Betim sancionou a Lei de Número 6.781, dando origem ao Programa Habitacional Emergencial (PHE). A lei é destinada ao atendimento de pessoas atingidas por fenômenos meteorológicos. Ou seja, para aquelas pessoas que perderam a casa por conta da chuva ou estão impedidas de retornarem para os lares devido ao risco que o imóvel traz à vida.
O Prefeito de Betim, Vittorio Medioli (PSD), em entrevista fornecida ao jornal 10 dias antes da publicação dessa lei, havia confirmado que 53 dessas casas já estavam em construção no Citrolândia, sendo finalizadas em outubro deste ano. “Até o final de outubro, quase todas as unidades estavam prontas. E para essas moradias, já temos um cadastro de 89 famílias que são prioridades, depois mais 10 famílias e tem outras que já vinham do aluguel social. Além daquelas que perderam a casa em dezembro de 2019”, disse à época, da entrevista.