É a maior operação de busca já realizada no Brasil, conforme Corpo de Bombeiros

Encontrar os corpos dos 35 desaparecidos após o rompimento da barragem na mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro, é o que move o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais diariamente no local da tragédia. O desastre completa cem dias neste sábado (4) e, em coletiva na tarde desta sexta-feira (3), o porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara, frisou que o objetivo é continuar com os trabalhos sem data determinada para terminar.

“Nos próximos dias continuamos trabalhando com as mesmas possibilidades: encontrarmos todos os desaparecidos ou até não haver mais condição biológica de buscas devido a decomposição dos corpos”, destaca.

Ele explicou que, atualmente a operação é realizada de 6h às 23h, com a utilização de máquinas pesadas, busca visual, drones e cães. Aliás, esses animais têm desempenhado um papel fundamental. Dos corpos e segmentos corporais encontrados, cerca de 70% foram com o auxílio dos agentes de quatro patas. Nesta sexta-feira (3) quatro cães do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso e Sergipe atuam nos trabalhos.

Até o momento foram confirmados 235 óbitos.

Rigor

Segundo Aihara, a lama muitas vezes é conferida duas vezes antes de ser despejada. “Nos locais onde há mais rejeito as máquinas fazem o espalhamento, fazemos a busca visual e com os cães e depois encaminhamos o material para o descarte. Neste momento ele ainda pode passar por uma peneira vibratória ou nova vistoria”, diz.

No total, 87% das vítimas já foram localizadas e identificadas. “Dado o tamanho da área e quantidade de rejeitos, em torno de 10 milhões de metros cúbicos, esse percentual mostra o nível de comprometimento do trabalho”, afirma.

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