Com auxílio da UFMG, pesquisa irá identificar circulação do coronavírus em Betim

Em cada residência, diante das orientações, uma pessoa será convidada para participar de um questionário e realizar dois exames pra Covid-19. Foto: Pixabay/ Reprodução.

Dois tipos de testes para Covid-19 serão realizados em moradores do município

Nesta semana, a Prefeitura de Betim, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), dará início a pesquisa científica “Soroprevalência para Sars-Cov-2 em residentes de Betim”.

O estudo segue o protocolo da Organização Municipal de Saúde (OMS) e está sendo desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa da Escola de Saúde Pública de Betim, ligada à Secretaria Municipal de Saúde, com contribuição da Superintendência de Tecnologia da Informação.

Ao todo, 36 equipes formadas por enfermeiro, agente comunitário de saúde (ACS) e motorista visitarão 1.080 endereços selecionados aleatoriamente por um programa de computador.

Em cada residência, diante das orientações, uma pessoa será convidada para participar de um questionário e realizar dois exames, o teste rápido e o qRT-PCR. Nesta primeira fase, 2.160 testes serão efetuados.

A doutora Ana Valesca Fernandes, enfermeira da rede SUS Betim, com os professores Renan Pedra e Renato Santana, do Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, são os responsáveis pelo projeto.

“Para que essa amostra coletada seja um retrato fiel da população da cidade, o bioestatístico da prefeitura calculou quantos moradores precisavam ter o exame coletado e qual o percentual de homens, mulheres e faixas etárias que precisam participar”, explicou Valesca.

Testes

De acordo com a prefeitura, o teste rápido identifica se a pessoa já foi contaminada pelo coronavírus em algum momento. E é feito com uma pequena amostra de sangue do dedo do voluntário, o resultado é entregue na hora. Já o qRT-PCR, feito com uma amostra colhida no fundo das narinas por cotonetes, esclarece se a pessoa está com a Covid-19 no momento do exame.

Os materiais coletados são enviados para o laboratório da UFMG para análise. O resultado ficará disponível virtualmente, e com uma chave de acesso disponibilizada à cada participante poderá ser consultado.

O secretário adjunto de Gestão da Saúde, Augusto Viana, ressalta que “as equipes que realizarão o trabalho de campo estarão uniformizadas e identificadas. E em todos os documentos e formulários da pesquisa constarão o telefone para que os participantes possam confirmar a idoneidade da pesquisa”.

A princípio, o trabalho de campo será efetuado em três etapas, podendo se estender até cinco. Durante todo estudo, 5.400 pessoas serão testadas. “A pesquisa será de suma importância para o planejamento da saúde municipal e para planejar melhor métodos de combate ao coronavírus. Além de estimar cientificamente o número real de casos confirmados e a diversidade de vírus que circulam pelo município, verificando também a taxa de subnotificação dos moradores”, explica a prefeitura.