Valéria Corrêa participou do desafio “Supera-se 250 km em 30 dias”, na qual conquistou o segundo lugar na sua primeira ultramaratona
Auto superação. Essa pode ser a síntese da história vivida pela designer de unhas Valéria Corrêa, de 38 anos, moradora de São Joaquim de Bicas, ao participar da competição “Supera-se 250 km em 30 dias”, na qual conquistou o segundo lugar, após uma semana intensa de corrida.
A disputa, organizada pela equipe “Pé de Golo”, de Belo Horizonte, determina que os competidores, formados por equipes, percorressem em 30 dias, a partir de 1º de junho, 250 quilômetros.
Os atletas que terminassem a prova em menor tempo seriam os vencedores. “Todo dia eu mandava meu trajeto (treino oficial) para a comissão analisar. Era permitido apenas um treino por dia”, explica a atleta.
Apesar do prazo de um mês, Valéria cruzou a linha de chegada com sete dias. “Eu treinava toda terça, quinta e domingo auxiliada pelo meu treinador, professor Sidão. No começo, corríamos 20 km, depois passamos para 45. No primeiro treino oficial, no dia 1º de junho, corri 44 km, no segundo, pretendia repetir a marca, mas quando faltava 14 km, machuquei o calcanhar esquerdo, apesar disso consegui alcançar a meta de 44 km,” disse.
No terceiro dia, a designer de unhas revela que estava tendo dificuldades para continuar por conta do pé machucado, mas não desistiu. “Fiz um curativo e consegui concluí 15 quilômetros. Nos outros dias, passei a sair à meia-noite para o treino. Seguia com lesão, entretanto, ao correr o calcanhar não gerava tanta dor”, disse.
Até o quinto dia da prova, Valéria vinha liderando o rank feminino, como estava com o pé lesionado, decidiu dividir a distância que restava em dois dias. Contudo, no sexto foi surpreendida por uma adversária que conseguiu marcar mais quilômetros, obtendo assim a primeira colocação.
A atleta de Bicas, que já participou de outras competições, revela estar satisfeita com o desempenho e pretende competir muito ainda. “Fui de corredora amadora para ultramaratonista em quase um ano. Nessa competição, senti dor, frio, fome e sede. Cheguei até a sentir sono, mas obtive um bom resultado. É muito gostoso perceber que está evoluindo. Antes, 5 km eram um desafio, hoje, corro 40 km, os cinco ficaram como aquecimento. Ainda pretendo competir muito”, finaliza.