Uma mulher, de 49 anos à época, foi reconhecida por meio de exames de DNA
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) identificou, na última quarta-feira (29), a 264ª vítima do rompimento da barragem em Brumadinho. Trata-se de uma mulher, com 49 anos à época da tragédia, analista de operação da empresa Vale. Restam seis joias a serem identificadas.
A identificação de Lecilda de Oliveira foi possível graças a exames de DNA, após 1.071 dias de missão. A localização foi feita pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) e as análises realizadas no Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette (IMLAR), na capital, no dia 1º de setembro.
Conforme explica o chefe do Laboratório de DNA do Instituto de Criminalística (IC), perito criminal Higgor Dornelas, a Polícia Civil trabalha ainda com cerca de 30 amostras a serem submetidas também ao exame. “Importante dizer que é um processo meticuloso, em que geralmente traçamos no mínimo dois perfis genéticos para que tenhamos confiabilidade no resultado final”, esclarece.
De acordo com o perito, mesmo após quase três anos do incidente, os reconhecimentos com base nas amostras biológicas que ainda chegam ao IMLAR são possíveis. “Certamente, essa análise depende do histórico de conservação de cada remanescente localizado. Mas o que posso dizer é que já conseguimos, em outros trabalhos, identificação segura por meio de DNA com restos mortais após mais de dez anos do óbito”, pontua.
Segundo a Agência Minas, a missão integrada de localização, resgate e identificação das joias de Brumadinho continua. O rompimento da barragem da Vale S.A. em Brumadinho, em 2019, tirou a vida de 272 pessoas – duas estavam grávidas – e gerou uma série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o Estado de Minas.