Sistema é capaz de registrar cada evento de entrega de água e os motivos de uma entrega não ter sido realizada.
Na bacia do rio Paraopeba, moradores impactados pela interrupção da captação de água no trecho entre Brumadinho e Pompéu, instituída pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), passaram a contar com mais confiabilidade nas entregas realizadas sem interrupção desde fevereiro de 2019. A Vale, em parceria com uma empresa especializada no desenvolvimento de novas tecnologias em logística, implementou neste ano o Sistema de Gerenciamento de Frota e Entrega de Água Potável.
O sistema é capaz de registrar cada evento de entrega de água e os motivos de uma entrega não ter sido realizada (quando, por exemplo, há uma entrega programada, mas o reservatório do proprietário está cheio). Ele também é capaz de registrar todo evento de higienização do caminhão e saber quando foram realizadas coletas de água para análises. A nova tecnologia é uma das iniciativas efetivadas neste ano e que integram o balanço da reparação, disponível aqui: vale.com/reparação.
“A tecnologia nos ajuda a atender de forma muito mais ágil alguma demanda emergencial, por exemplo de alguém que teve um pico de consumo e terminou sua água antes do dia programado e tem urgência em receber água. Nós conseguimos localizar qual motorista está mais próximo daquela pessoa e direcionar a água para o atendimento emergencial. Dessa forma, avançamos em nosso compromisso em garantir que o recurso não falte nas casas das pessoas atingidas”, comenta Josué Antônio Silva, analista da Coordenação Agropecuária da Vale.
O sistema auxilia a estabelecer volumes personalizados de consumo e definir periodicidade de entrega, respeitando as individualidades e necessidade de cada família. O sistema também permite rever o trajeto de dias anteriores, onde cada caminhão passou e monitorar a logística de distribuição de água em tempo real, garantindo a rastreabilidade de cada etapa do processo e uma logística mais ágil e eficaz para as pessoas impactadas. Todos esses registros geram relatórios, que permitem analisar o histórico de entregas por família, que contribui para que a Vale revise rotineiramente os volumes adequados para cada situação. Sua atuação apoia o compromisso da Vale em garantir que as pessoas impactadas sigam recebendo água de qualidade e na quantidade que precisam.
Quem pode receber água entregue pela Vale?
São elegíveis ao fornecimento emergencial de água todas as famílias que faziam captação de água diretamente no rio Paraopeba, independentemente da distância do rio, além daquelas que tinham captações subterrâneas instaladas até 100 metros da margem do Paraopeba. Essas definições acompanham nota técnica do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam), que atesta que não há restrição para a captação de água subterrânea para quem está a mais de 100 metros da margem do rio Paraopeba. Também não há restrição de uso em regiões após a Usina de Retiro Baixo, em Pompéu.
O trabalho continuará sendo realizado até o restabelecimento da captação de água no rio Paraopeba para finalidades agropecuárias, no trecho de Brumadinho a Pompéu. Todas essas iniciativas estão alinhadas ao compromisso da Vale em contribuir para que as pessoas impactadas retomem o quanto antes suas rotinas.
Qualidade da água verificada
Toda a água fornecida pela Vale para os mais diferentes fins, como abastecimento, irrigação ou dessedentação animal também passam por rigorosos processos de controle de qualidade. Antes de cada entrega é medido o teor de cloro, e por amostragem, são analisados em laboratórios credenciados e independentes outros parâmetros da qualidade da água. Se houver violação em qualquer parâmetro, a água é imediatamente descartada e o caminhão higienizado novamente. A empresa de auditoria técnica independente contratada para atender ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) também realiza as referidas análises como contraprova. Até o momento, todas as amostras estavam em conformidade com as legislações.
Outra ação em apoio aos produtores rurais é a entrega de produtos para alimentação animal, destinada a propriedades que perderam o acesso à pastagem devido à restrição do uso do rio Paraopeba ou que foram impedidas de captar água do rio para dessedentação animal ou irrigação. Ao todo, 253 propriedades de 16 municípios recebem regularmente silagem de milho, feno, milho em grão e ração animal. Já foram entregues mais de 100 milhões de quilos de produtos, montante suficiente para alimentar mais de 4 mil animais por 2 anos. Todo o trabalho é acompanhado de perto por equipe especializada.
“Entendemos como é desafiador garantir a continuidade de uma atividade produtiva em meio às ações de reparação. Por esse motivo, temos oferecido todo o apoio aos produtores rurais impactados, por meio da atuação de uma equipe formada por administradores rurais, zootecnistas, engenheiros agrônomos e veterinários. A análise dos produtos vem como um incremento para aumentar ainda mais a confiabilidade dos insumos entregues”, afirma Marco Furini, coordenador Agropecuário da Vale.
A Vale realiza ainda o cercamento de propriedades, que está próximo de alcançar a marca de 700 km de cerca instalados. A medida evita a pastagem de animais de grande porte às margens do rio Paraopeba e contribui para o crescimento da mata ciliar na região. A ação favorece a regeneração florestal e mantém a integridade das margens ao longo do rio.
Por Assessoria de Imprensa da Vale.