Cerca de 60 profissionais do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais serão deslocados para o local da tragédia
Suspensa por conta pandemia, a busca por pessoas desaparecidas em Brumadinho será restaurada. O trabalho, que estava paralisado desde 21 de março devido às normas de segurança de combate à Covid-19, será reiniciado no dia 27 deste mês, conforme informou o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).
Segundo o CBMMG, serão deslocados 60 militares para o local do crime ambiental, ocorrido no dia 25 de janeiro de 2019, para que recomecem os trabalhos na região atingida pelos rejeitos da barragem do Córrego do Feijão. Por causa do estouro da estrutura, 259 pessoas morreram e 11 vítimas ainda não foram encontradas.
De acordo com o Governo de Minas, a data de retomada foi instituída após tratativas com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e demais órgãos envolvidos, conforme os protocolos de segurança sanitária do plano Minas Consciente, no qual estipula medidas de proteção adequadas ao enfrentamento da disseminação da doença provocada pelo novo coronavírus.
Retomada Segura
Para o retorno das buscas, protocolos de segurança exigem a obrigatoriedade do uso de máscara e óculos de proteção durante todo o período do transporte para o local, inclusive dentro de veículos. Além de medição de temperatura, higienização das mãos com água e sabão ou álcool 70%.
Os integrantes da corporação que se encontram no grupo de risco para o novo coronavírus não irão atuar na missão. Os demais apenas serão escalados depois de confirmarem por meio de exame estarem aptos para o trabalho, realizando também avaliação para verificar a presença de metais pesados antes e após o empenho, conforme o texto do protocolo.
Nos refeitórios, as refeições serão servidas apenas em marmitex. E os dormitórios, como demais espaços utilizados pelos militares, estão sendo preparados para reduzir a propagação e a contaminação da Covid-19. As medidas ainda incluem isolamento social durante o período de folga (quatro dias), inclusive de familiares próximos.
“Todos os militares passarão por medição de temperatura diariamente, sendo considerado suspeito o caso com temperatura superior a 37,8ºC. Caso apresente febre e/ou sintomas respiratórios, tosse, congestão nasal, dificuldade para respirar, falta de ar, dor de garganta, dores no corpo, dor de cabeça, o bombeiro deverá comunicar ao chefe da frente/direto e solicitar avaliação médica no Posto de Saúde Avançado (PSA)”, disse o governo do Estado, em nota.